segunda-feira, 9 de junho de 2008

História geral...Diário de Anne Frank, reforma e contra-reforma

História geral
Nível fundamental
Diário de Anne Frank


Objetivos
1) Apresentar o Holocausto - o assassinato de milhões de judeus nos campos de extermínio criados pelos nazistas - , pela perspectiva de uma adolescente, que o testemunhou e foi vitimada por ele;
2) Esclarecer que a história não é um processo mecânico, regido exclusivamente por causas políticas e econômicas. Ela também tem uma dimensão humana e dramática, que não deve ser esquecida.
Comentários
Simpatizantes do nazismo, que se autodenominam "historiadores revisionistas", tentaram desacreditar o "Diário de Anne Frank" desde que o livro foi publicado pela primeira vez. Por isso, o diário já foi submetido a análises forenses diversas vezes. Em todas elas, a sua autenticidade foi comprovada. A verdadeira razão para os revisionistas negarem a autenticidade do "Diário de Anne Frank" é o fato de que, por se constituir num dos melhores testemunhos do horror nazista, esse texto é um dos principais obstáculos para a difusão do revisionismo nazista.
Estratégias
1) Leitura do texto Anne Frank no site Educação.
2) O ideal seria que os alunos fizessem uma leitura integral do "Diário de Anne Frank". Caso isso não seja possível, convém selecionar apenas alguns trechos para leitura em sala de aula. A leitura desses trechos pode ser feita tanto nas aulas de história (pelo caráter testemunhal da obra) quanto nas aulas de português (pelo valor literário da obra em si, que revela a sensibilidade da autora).
3) Apresentar imagens de Anne Frank também pode contribuir para aumentar a empatia entre os alunos e a autora do diário. Fotografias onde apareçam pessoas que morreram nos campos de extermínio nazistas ajudam a lembrar que cada vítima do nazismo tinha um rosto, um nome, uma família, uma identidade. Resgatar a individualidade das vítimas desse genocídio é uma forma de lembrar que estamos falando de pessoas e não de meros números em estatísticas.
4) Diferenças culturais à parte, uma adolescente brasileira dos dias de hoje pode perfeitamente se identificar com uma adolescente judia que vivia na Europa daquela época. É importante que os alunos percebam que Anne podia ser um deles ou uma pessoa que conhecessem: irmã, amiga, namorada etc. Ao estabelecer essa empatia, os estudantes podem perceber com mais facilidade que a história não estuda apenas as ações dos líderes políticos e militares, mas também o cotidiano das pessoas comuns e anônimas.
Atividades
1) A partir da leitura, as seguintes questões podem ser levantadas para discussão em sala de aula:
· Você arriscaria sua vida para ajudar a esconder pessoas que estivessem sendo vítimas de uma perseguição injusta?
· Você aceitaria correr os riscos a que se submeteram os cidadãos não-judeus que ajudaram a esconder judeus dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial?
Trata-se de questões éticas que nos fazem lembrar que muitas vezes a coisa mais certa a fazer é também a mais difícil. Incentivar os alunos a colocarem-se no lugar do outro, especialmente daqueles que são vítimas do preconceito, de injustiças e da violência é uma forma de promover valores como a solidariedade e a tolerância.
2) Outra atividade que pode ser feita a partir do diário é propor que, seguindo o exemplo de Anne Frank, os alunos escrevam sobre violências ou injustiças que eles próprios testemunharam. Para evitar constrangimentos, explique aos alunos que esses depoimentos por escrito podem ser anônimos. Depois, leia-os em voz alta. Se preferir, pode distribuir os textos aleatoriamente para os alunos lerem (o que aumenta a probabilidade de que cada aluno leia o depoimento escrito por outro colega).
3) Outro tipo de atividade que pode ser feita é propor aos alunos que adaptem o "Diário de Anne Frank" para uma peça de teatro. Trata-se de uma atividade que pode envolver toda a classe. Nesse caso, deve-se dividir a classe em grupos, cada um incumbido de uma tarefa específica: um grupo pode ficar encarregado de adaptar o texto, outro de fazer os cenários, outro de interpretar as personagens e assim por diante.
Sugestões e dicas
Convém complementar a utilização do "Diário de Anne Frank" com outras obras e fontes sobre o assunto. A exibição de um filme como "A Lista de Schindler", dirigido por Steven Spielberg, e/ou a leitura de "Maus", de Art Spiegelman, podem ser excelentes complementos que reforçam a denúncia contra o nazismo.
Outro material que pode ser usado como complemento ao assunto é o documentário "Mensagens para um Futuro Mais Tolerante com trechos de depoimentos de sobreviventes do Holocausto. O documentário foi produzido pelo Centro da Cultura Judaica, em São Paulo, e foi dirigido por Anita Pinkuss e Paulo Baroukh.
O documentário foi fruto do Projeto Lembrar, coordenado por Anita Pinkuss, que colheu depoimentos no Brasil de sobreviventes do Holocausto. O Centro da Cultura Judaica disponibiliza esse documentário, devidamente acompanhado de um guia com orientações aos professores,para a distribuição em escolas.
Para ver o documentário clique aqui



História geral
Reforma e Contra-Reforma

Objetivos
1) Conhecer os fatores econômicos, políticos e sociais que deram origem à Reforma protestante;
2) Estudar a cronologia de acontecimentos da Reforma, o surgimento das teses de Lutero, o papel de Calvino e a formação da Igreja anglicana
3) Discutir as deliberações da Igreja católica para combater o avanço do protestantismo.
Comentário
O período de transição marcado pela Reforma protestante e pela eclosão da Contra-Reforma é complexo e pode ser estudado sob vários ângulos. O professor deve avaliar a distribuição do conteúdo levando em conta o número de aulas disponíveis e o conhecimento prévio dos alunos, adquirido em outras unidades da disciplina.
Material
O texto Reforma e Contra-Reforma pode servir como ponto de partida para o trabalho em aula.
Estratégias
1) Inicialmente, proponha a seus alunos a leitura do texto indicado no item anterior;
2) Depois da leitura, os alunos devem formular questões sobre o conteúdo estudado, para serem debatidas com o professor em aula;
3) A seguir, a classe é dividida em grupos para o estudo específico de alguns tópicos, como os abaixo relacionados:
a) Reforma e Contra-Reforma: aspectos econômicos;b) Aspectos políticos;c) Decadência espiritual da Igreja católica;d) Lutero e Calvino;e) A formação da Igreja anglicana;f) Concílio de Trento e os tribunais do Santo Ofício.
Atividades
1) Uma vez estabelecidos os temas que serão trabalhados por cada grupo, o professor pode auxiliar na elaboração de um roteiro de estudos, para fixar os principais pontos a serem abordados pelos alunos;
2) Os grupos devem apresentar o resultado de suas pesquisas num seminário, realizado em sala de aula.
Sugestões
Há um grande número de recursos que podem ser utilizados como apoio a essa unidade. O uso de material iconográfico, com imagens referentes ao período, é interessante como ferramenta de trabalho, e pode ser facilmente acessado em sites da internet. Outro recurso didático eficiente é a projeção do filme "Lutero", dirigido por Eric Til (2003), disponível em DVD. O filme fornece um bom panorama da época em questão e pode ser debatido em classe com bons resultados.

História geral...Guerra de Secessão, revolução industrial

História geral

Nível fundametal

Guerra de Secessão (1861-1865)

Introdução
O estudo da denominada Guerra de Secessão (separação) iniciada em abril de 1861, ocasionada por diferenciados interesses econômicos e políticos entre o sul e norte, permite reconhecer os posicionamentos dos sujeitos históricos envolvidos e ainda algumas das raízes da condução da economia dos Estados Unidos da América.
Além disso, os alunos podem desenvolver seus conhecimentos sobre a exploração da mão-de-obra daqueles que foram escravizados e entender como essa mesma mão-de-obra sustentou não só a economia brasileira, mas também a economia de outras regiões do planeta, sem desprezar os conflitos em nome do fim ou da manutenção da escravidão.
Objetivos
1) Reconhecimento do contexto histórico em que inicia a guerra civil.
2) Percepção dos diferentes interesses entre os Estados do norte (industrializado e interessado no protecionismo alfandegário) e do sul (economia agrária que defendia a liberdade de comércio).
3) A luta a favor e contra a abolição e os interesses econômicos relacionados a ela.
4) As repercussões da Guerra de Secessão no Brasil: a venda do algodão brasileiro e a formação da cidade de Americana.
Estratégias
1) Inicie a aula com uma explanação sobre o contexto histórico em que foi iniciada a Guerra de Secessão. É fundamental que os alunos percebam o quanto o período de desenvolvimento influenciou na ocorrência do conflito. É relevante tratar com os alunos o que proporciona o crescimento territorial que se efetivava, quem perdia e quem ganhava com tal desenvolvimento.
2) Depois da fase expositiva e dialogada da aula, divida a sala em dois grandes grupos. Um deles representará os Estados do norte e outro os Estados do sul. Apresente as condições econômicas das elites dos dois grupos, do que viviam, o que garantia seus principais ganhos econômicos, suas expectativas e interesses etc. Procure fazê-lo de modo que os grupos percebam as diferenças econômicas entre as duas regiões e entendam o distanciamento em relação às idéias abolicionistas.
3) Depois deste trabalho de reconhecimento das intencionalidades dos agentes históricos, leve a sala de aula pequenos cartazes (folhas sulfites) em que estejam escritas as intenções dos Estados do sul e do norte. Separe a lousa em duas partes (uma representando os Estados do sul e outra os estados do norte) e peça aos alunos que digam em que grupo se encaixa corretamente cada uma das informações que você lerá e fixará no espaço definido pela maioria.
Observação: Ainda não faça correções, caso algum dado seja colocado incorretamente, e observe por meio das colocações dos alunos se alguma idéia precisará ser esclarecida ou retomada. Desse modo se efetiva um processo de recuperação contínua do aprendizado.
4) Faça questões problematizadoras: Quem vocês acham que venceu o conflito? Por que razão?
Use as idéias levantadas pelos alunos para demonstrar os resultados, efeitos e relações desta guerra no passado e suas relações com o presente.
5) Por fim volte ao quadro montado pela sala, faça as devidas correções ou mesmo aprofunde aspectos fundamentais sobre este fato histórico.
Atividade
1) Para que os alunos reconheçam a relevância desse episódio histórico entregue pequenos textos retirados de diversas obras (livros didáticos, revistas, etc.) e peça que metade das equipes (cerca de três alunos cada) busque as relações desse evento histórico com a realidade brasileira e o restante dos grupos presentes na sala analise mais aspectos sobre a luta abolicionista e seus opositores.
2) Nesse momento, os grupos devem fazer os registros das descobertas em cartazes, que serão usados para apresentar suas conclusões sobre o tema estudado para toda a turma.




Revolução Industrial

Introdução
Refletir sobre os resultados da efetivação do imperialismo na África possibilita o reconhecimento de algumas problemáticas atuais no continente. É fundamental que este trabalho se desenvolva valorizando a diversidade cultural africana sem que sua história fique atrelada ao desenvolvimento histórico europeu.
Esta abordagem permite analisar não apenas aspectos econômicos e políticos que levaram ao processo de neocolonialismo, mas também estabelecer reflexões sobre as idéias que o legitimaram.
Objetivos
1) Reconhecimento do contexto e das justificativas para a efetivação do imperialismo.
2) Análise de mapa.
3) Reconhecimento e debate sobre o conceito de imperialismo.
4) Uso de histórias em quadrinhos para a construção do conhecimento histórico e análise dos quadrinhos como documento histórico.
Estratégias
1) Leve à sala de aula um mapa do território africano dividido entre os países imperialistas. Peça que os alunos o observem atentamente e levantem questões como: "Por que os nomes de outros países estão presentes no mapa africano?"; "Este mapa é semelhante ao do continente africano na atualidade?".
2) Exponha uma pequena definição do que significa o termo imperialismo. Use o retroprojetor, peça que um aluno leia e inicie um debate com os alunos.
3) Agora peça que os alunos relacionem o mapa ao conceito. Utilize suas conclusões para iniciar a apresentação desta temática de modo expositivo. É fundamental que os aspectos culturais africanos que foram desconsiderados nessa "partilha da África" sejam abordados, além dos aspectos econômicos e políticos.
4) Depois da reflexão referente às razões econômicas e políticas da exploração imperialista, questione a turma se esse tipo de exploração seria efetuado sem que nada o legitimasse. Neste momento é fundamental que os alunos percebam a necessidade de observar diferentes aspectos de um dado contexto histórico para que ele possa ser percebido em toda sua complexidade. Então, aborde o que foi o darwinismo social e sua utilização.
Atividades
1) Entregue aos alunos, dispostos em duplas, textos para aprofundamento da temática em análise.
2) Traga para a sala de aula uma pequena história em quadrinhos e faça um procedimento de leitura como documento histórico. Tal procedimento permitirá que os alunos percebam quais estratégias podem usar na construção de sua história em quadrinhos e como analisá-las numa pesquisa histórica.
3) Peça que os alunos criem uma história em quadrinhos que apresente o processo de colonização africana. Devem ser criados os personagens e na história é fundamental que os aspectos tratados em sala de aula sejam retomados. Os quadrinhos permitem ilustrar o conhecimento e podem ser também usados para análise de conceitos utilizados na história, estudados como registro de época etc.
4) Peça que algumas duplas apresentem aos colegas os procedimentos escolhidos para tratar a problemática na história em quadrinhos.
5) Para finalizar o trabalho exponha a produção de toda a turma para que as várias histórias sejam socializadas. Nesta exposição é interessante retomar o uso dos quadrinhos para a disciplina e fazer um pequeno registro no mesmo mural.
Sugestões
O uso das histórias em quadrinhos é uma estratégia que possibilita o desenvolvimento de uma série de habilidades e competências. Neste sentido, a atividade pode ser desenvolvida de modo interdisciplinar. Isso pode tornar a proposta ainda mais significativa para os alunos.
Seu uso é muito mais complexo e apresenta muitas outras possibilidades, além das apresentadas neste plano. Para que se possa conhecer outras estratégias de uso, a obra "Como Usar as Histórias em Quadrinhos na Sala de Aula" permite importante aprofundamento.
BARBOSA, Alexandre. "Como Usar as Histórias em Quadrinhos na Sala de Aula". Alexandre Barbosa, Paulo Ramos, Túlio Vilela, Ângela Rama, Waldomiro Vergueiro, (orgs.). 2a ed. - São Paulo: Contexto, 2005.

terça-feira, 3 de junho de 2008

História geral... A revolução dos bichos, idade média nos livros didáticos

História geral
Nível fundamental
A Revolução dos Bichos

Introdução
Já é um consenso entre os historiadores a importância de diferentes fontes para a construção do conhecimento histórico com os alunos. Entre elas está a literatura, daí a proposta de usar uma obra literária - "A Revolução dos Bichos" de George Orwell - para o debate de assuntos como o socialismo X capitalismo, ou mesmo sobre problemas como terra, trabalho e propriedade.
Objetivos
1) Reconhecer a literatura como fonte para construção do conhecimento histórico.
2) Demarcar os limites entre literatura e história.
3) Relacionar os problemas enfrentados pelos personagens (animais que representam as ações e problemas humanos) com os problemas da atualidade.
4) Buscar as raízes históricas de problemas sociais como a desigualdade social, a fome, a exploração do trabalho.
5) Reconhecer a importância dos símbolos na história da humanidade etc.
Estratégias
1) Peça que seus alunos leiam o livro em casa. Depois, escolha capítulos ou partes importantes para ler com a turma e apresentar os objetivos para a escolha da obra, ou seja, relacioná-la com os temas que irá discutir com o grupo.
2) Depois de efetuada a leitura, retome partes da obra e problematize o que representam os animais e suas atitudes, ou seja, contextualize a leitura e a relacione com problemas sociais da população brasileira na atualidade.
3) Leia o hino "Bichos da Inglaterra" e relacione com o hino do MST (movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) para levantar aspectos como a organização de movimentos social e a importância da simbologia para criação da noção de pertencimento, idéia de unidade.
4) Peça uma pesquisa sobre quem foram Sansão e Napoleão, para compreender as escolhas do autor ao definir os nomes das personagens.
Atividades
Depois de realizadas todas as estratégias descritas acima peça que os alunos (em grupos pequenos) comparem os sete mandamentos da "revolução dos bichos" com os princípios gerais que norteiam algum movimento social, por exemplo, o MST, já mencionado. Eles devem levantar suas proximidades e distanciamentos.
Terminada essa etapa do trabalho eles devem listar quais as razões que unem os participantes do movimento social analisado e compará-la com as razões que unem os animais. Assim podem pesquisar as razões históricas dos problemas sociais em análise.
Por fim os alunos podem apresentar uma proposta de solução para este problema, ou seja, se colocarem como sujeitos históricos que refletem sobre a realidade social em que se inserem. Esta proposta deve ser apresentada para a sala como uma espécie de projeto para melhoria das condições da população.
Sugestão
Faça com que seus alunos tenham o livro como um documento histórico, portanto, que busquem informações sobre o autor, seu contexto histórico e principalmente sua intenção ao escrever uma obra de vulto como é "A Revolução dos Bichos".


Idade Média nos livros didáticos

Introdução
O tratamento do período medieval nos livros didáticos têm se transformado diante das reorientações vividas pela historiografia. Isso nega a idéia de que este ou qualquer período da história possa ser denominado "Idade das Trevas".
Entretanto, o professor ainda encontra dificuldades em trabalhar esse tema quando pede aos alunos o desenvolvimento de pesquisas extra-classe para complementação dos trabalhos desenvolvidos em sala de aula.
Tais dificuldades se devem ao fato de não se dominarem todos os materiais que os alunos podem usar como fonte para construção do conhecimento. A idéia desta aula é fazer um caminho "inverso", ir à biblioteca da escola com seus alunos a procura de materiais que possam comprovar essa reorientação da historiografia de modo que eles construam com autonomia seus próprios questionamentos.
Objetivos
1) Tratamento do livro didático como fonte.
2) Reconhecimento da produção cultural, intelectual, econômica da Idade Média - negação da idéia de "Idade das Trevas".
3) Desenvolvimento de habilidades para pesquisa.
Estratégia
1) Antes da aula, é importante que os principais conceitos em relação à Idade Média, ou ao recorte que se deseja trabalhar, já tenham sido desenvolvidos com seus alunos. Somente depois disso, poderão ser avaliados os livros didáticos, usando as habilidades e competências pautadas em referenciais historiográficos.
2) Em sala de aula, problematize aspectos do período medieval, escolha um tema específico para os alunos pesquisarem como ele se apresenta nos livros didáticos. Oriente os alunos para buscarem dois livros didáticos: um mais "antigo" e outro mais "recente". Desse modo, provavelmente, será possível trabalhar com as reorientações conceituais presentes e ainda os juízos de valores presentes em alguns materiais que descrevem esse contexto histórico como desprovido de desenvolvimento, atrasado, etc.
Observação: um aspecto interessante para análise são os avanços na agricultura, por meio do desenvolvimento das técnicas, como o uso do sistema de rotação trienal, a utilização do arado, novas formas de adubação, etc.
3) Oriente os alunos que efetuem a leitura dos dois materiais e criem um quadro comparativo, no qual escolham expressões usadas para tratar do referido tema. Peça que façam esse quadro em uma cartolina (qualquer tipo de material que possa ser visualizado por todo o grupo - média de 5 alunos).
4) Agora é importante que as análises das equipes sejam socializadas. Peça que o grupo escolha dois representantes, um deles deve apresentar uma síntese sobre o historiador ou historiadores responsáveis pelo material didático e ainda a época em que o livro foi escrito. Nesse momento, é fundamental serem efetuadas intervenções demonstrando o quanto a época da produção do material didático é relevante para sua análise. Essa demonstração fará com que não haja um certo "maniqueísmo" nas análises dos livros, um aparecendo como "ideal" e outro como material "ruim".
5) Já o segundo representante deve apresentar o cartaz produzido para a sala chamando atenção para as principais semelhanças e diferenças entre os dois livros didáticos. Sensibilize a turma para participar, comparando os materiais que analisaram mesmo que isto antecipe parte de sua apresentação. 6) Depois de todas as apresentações faça uma retomada do que foi discutido e se necessário for faça algumas "correções" conceituais.
Atividades
1) Formule uma série de questões referentes ao conteúdo, aos conceitos e ao tratamento dos documentos em história. Cada uma delas deve ter no mínimo três alternativas e ainda uma pequena justificativa/explicação da resposta que deve ser escolhida.
2) Divida a sala em duas grandes equipes e desenvolva uma espécie de gincana com os conteúdos trabalhados durante os estudos do período medieval e também quanto aos conceitos desenvolvidos durante seu estudo.
Observação: Antes de iniciar o jogo, defina com o grupo as regras e qual seria a premiação da equipe vencedora, deixe que o grupo se coloque em relação a isso porque, dessa maneira, estabelecem o que acreditam ser prioridade.
Sugestões
Se o tempo para o desenvolvimento do trabalho for escasso faça uma pré-seleção dos livros na biblioteca da escola. Assim ficará mais fácil o acompanhamento dos textos cuja a análise foi efetuada por esta ou aquela equipe.